Morre atriz Bia Lomelino, aos 25 anos
Bia Lomelino, atriz de musicais e formada em artes cênicas pela Casa de Artes das Laranjeiras (CAL), morreu aos 25 anos. A família confirmou a notícia na quarta-feira, 27 de agosto. O pai da jovem, o médico Ronaldo Lomelino, publicou uma homenagem.
Bia Lomelino, atriz de musicais e formada em artes cênicas pela Casa de Artes das Laranjeiras (CAL), morreu aos 25 anos. A família confirmou a notícia na quarta-feira, 27 de agosto. O pai da jovem, o médico Ronaldo Lomelino, publicou uma homenagem.“Hoje, me despedi da minha estrelinha. 25 anos de muita, muita felicidade. Quis o destino que ela não pudesse ficar mais entre nós. Agradeço a todos os amigos que me abraçaram. Essa energia boa conforta e acalma a alma”, escreveu.Bia, cujo nome de batismo era Beatriz Lomelino, construiu uma trajetória de destaque nos palcos. Em 2020, a jovem integrou o elenco de “Despertar da Primavera”, dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho.Em seguida, dois anos depois, em 2022, deu vida à personagem Verônica Sawyer no musical “Heathers”. Já no ano de 2024, participou então do espetáculo “Flashback”. No cinema, a atriz protagonizou o longa “Poema”, escrito e dirigido por Jay Vaquer, ainda inédito. O diretor logo lembrou a parceria com a artista em uma mensagem emocionada.“Bia, obrigado por tanta gentileza, doçura, delicadeza, educação, profissionalismo, competência. Sempre esbanjando talento”, ressaltou ele, primeiramente.“Sua existência foi um verdadeiro presente na vida de todos que tiveram a sorte de cruzar o seu caminho. Conseguia te ver sendo aplaudida pelas salas de cinema. Tinha certeza disso. Um reconhecimento justíssimo pela personagem que você protagonizou com brilhantismo o tempo todo”, escreveu ele em suas redes sociais.Jay contou então que Bia assistiu ao filme pronto. “Quando vimos nosso Poema! juntos pela primeira vez, nunca vou esquecer o tanto que trocamos de extrema felicidade. Foi emocionante. Aquele momento foi lindo demais. Nossa conquista. Você já faz muita falta. Está doendo muito, muito. Ainda nem estou entendendo. Nem sei se dá pra entender. É injusto, escroto demais. Me agarro na sorte, no privilégio que eu tive por poder ver sua arte linda de tão perto em cada estágio”, logo desabafou.O diretor acrescentou em seguida: “Foi assim pra mim enquanto ensaiávamos, filmávamos e na etapa de pós. Sempre um deleite observar seu trabalho. Que honra imensa ter sido seu diretor. Escrever um texto e melodias que você soube performar de maneira sublime. Não sei quando e nem como vou conseguir aguentar assistir nosso filme. A sua Luiza magnífica. Por outro lado, você está muito nele pra sempre. Sua personagem conduz a história. Tudo parte dela. Muita gente ainda vai conhecer a artista gigante que você é”, disse em seguida.Momentos pessoais igualmente ganharam espaço para recordação: “Pedi para você assinar um pôster do filme que mandei fazer. Disse que seria enquadrado e teria valor inestimável. Você riu daquele seu jeito meigo e assinou sorridente. Tínhamos muitos planos. Já estávamos lendo, ensaiando os próximos projetos”, comentou, dessa forma exaltando a parceria.“Eu vislumbrava muitos filmes e peças contigo. Era o nosso combinado. Você dizia: ‘Jaaay, vamboraaa!’. Trazia segurança e a certeza de um convívio sempre agradável no processo. E como isso faz diferença também. Vou seguir carregando você no coração e na arte que eu puder realizar daqui pra sempre. Sou muito grato por tanto. Até um dia”, concluiu, por fim.
