Nova virada no processo contra Marcius Melhem leva o caso a uma fase decisiva
Após parecer do Ministério Público e decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ação envolvendo três denúncias segue suspensa temporariamente, enquanto outras oito já foram arquivadas por prescrição
O processo em que Marcius Melhem, ex-diretor de humor da TV Globo, é acusado de assédio sexual por várias mulheres passou por uma nova reviravolta judicial. Inicialmente, oito das denúncias foram arquivadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por prescrição, ou seja, o prazo legal para responsabilização criminal havia expirado. Entre essas denúncias estão relatos de algumas atrizes e funcionárias que preferiram não ter seus nomes divulgados.Quanto aos três casos que não prescreveram, Melhem foi formalmente convertido em réu em agosto de 2023. As denúncias relatam que o ator teria abusado de sua posição hierárquica para praticar assédio sexual, envolvendo comentários sobre aparência, convites inadequados, contatos físicos invasivos e promessas de facilitação profissional como pretexto para encontros fora do trabalho.A defesa do ator nega as acusações, argumentando que não há elementos suficientes que configuram assédio sexual. Já a TV Globo, em investigação interna, concluiu que houve comportamentos inadequados, mas não encontrou provas de assédio sexual conforme definido em lei.A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu suspender o andamento do processo, determinando que o caso aguarde nova deliberação da juíza responsável. Enquanto isso, as audiências ainda não foram marcadas, e o processo permanece paralisado para análise das decisões judiciais mais recentes.O caso ganhou grande repercussão no país por envolver denúncias de múltiplas mulheres ligadas ao núcleo de humor da Globo e gerou debates sobre assédio no ambiente corporativo e artístico, além de desdobramentos na esfera trabalhista, com o Ministério Público do Trabalho avaliando a atuação da emissora na prevenção de assédios.Uma publicação compartilhada por Luiz Bacci (@luizbacci)
