Paula Fernandes comenta os desafios enfrentados na carreira
No domingo (11), às 19h15, o programa CNN Séries Originais, comandado por Evaristo Costa, exibe o quarto e último episódio da série especial: Sertanejo: A Trilha do Brasil. O desfecho da série revela, por meio de histórias de quem fez e faz a diferença no meio, como as mulheres abriram caminho, ganharam espaço e transformaram o ritmo.
As artistas que lideram o topo das paradas de sucesso falam sobre dilemas dos seres humanos: amores não correspondidos, sofrimento, traição e superações.
As cantoras Paula Fernandes, Nayara Azevedo e Thaeme, da dupla Thaeme e Thiago, abrem o jogo sobre os desafios do início das carreiras, os preconceitos enfrentados e do sucesso do gênero que movimenta milhões de reais e gera milhares de empregos em todo o Brasil.
“Eu sou menina, eu cheguei em um mercado que só tinha homem. Um sistema totalmente adaptado para homens. Fui enfrentando uma barreira atrás da outra. Uma única mulher, vencendo o preconceito, vencendo o desafio de ocupar um espaço que sempre tinha dupla de homens”, enfatizou Paula Fernandes.
Desafios na música
A famosa relembrou algumas passagens no início da carreira que serviram para abrir caminho para as demais cantoras.
“Os contratantes ficavam assustados, porque a gente pedia para colocar Linólio, tipo uma borracha para colocar no chão do palco para cobrir os buracos gigantes. Eu sempre usei salto fino. Como é que você dança ali?”, contou.
Paula reforçou que há anos a música sertaneja era um sistema mais acostumado para o homem e mais prático para os contratantes.
“As meninas hoje me falam: ‘poxa, Paula, você chegou e abriu espaço, uma clareira, porque não foi só musicalmente, foi pelo sistema, pela logística da coisa’. Mulheres são diferentes. Não é que eu estou dando de feminista, não feminista. Ou dizer que (as mulheres) são mais frágeis. Não é isso, é diferente. A gente é mulher, é isso! Acho que a frase é essa: ‘nós somos mulheres’, entendeu?”, concluiu.