Pelé escolheu onde seria enterrado há quase 20 anos

, vítima de um câncer no cólon. No Hospital Israelita Albert Einstein, ele deve seguir para Santos, onde vai acontecer o velório e embalsamento. E tudo estava pronto para receber o Rei do Futebol. . O sepultamento, contudo, ficou sob responsabilidade do próprio ex-atleta.

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Pelé escolheu o lugar onde seria sepultado há quase 20 anos. Após o velório, que acontecerá entre os dias 2 e 3 de janeiro, seu corpo, embalsamado, vai ficar no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos, cemitério vertical que está no Guinness Book desde 1991, por ser o mais alto do mundo. Ele comprou o lóculo no nono andar, com vista para o estádio da Vila Belmiro.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, Pelé explicou o motivo da escolha, disse que sentiu paz no local, exatamente por não parecer um cemitério tradicional.

Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério”

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A escolha do andar também tem significado. O pai de Pelé também jogava futebol, mas com a camisa 9. Então, ele escolheu esse local para reverenciar o pai.

“Ele era centroavante e usava a camisa nove. Por isso, escolhi o andar com este número e que dá para ver o estádio. Com certeza, ele iria aprovar a idéia”, afirmou o atleta do século.

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DESPEDIDA

Após a notícia da morte se tornar pública, fãs começaram a se acumular na porta do local sempre com homenagens ao Rei do Futebol.

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Não só fãs, mas a imprensa fazia plantão no local há dias, desde que os primeiros boatos da morte surgiram. A agitação em frente à entrada só aumentou. Com bandeiras do  Santos e álbuns especiais do time, torcedores não escondiam as lágrimas com a notícia do falecimento.

Apesar do corpo estar na cidade de São Paulo, as primeiras informações ditam que o velório acontecerá na Vila Belmiro, estádio do Santos, onde o atleta jogou a maior parte de sua carreira, por 19 anos. Também no estádio, já há uma aglomeração de fãs e jornalistas.

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LUTO

O time em que  mais jogou em sua vida, o Santos Futebol Clube, publicou um comunicado à imprensa lamentando a morte de um de seus maiores jogadores, decretando que o clube vai instaurar sete dias de luto em homenagem ao atleta.

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CONFIRA O POSICIONAMENTO DO TIME

“O Santos FC lamenta profundamente o falecimento do melhor jogador de futebol de todos os tempos, o homem que levou o nome do Alvinegro Praiano para o mundo, nosso maior ídolo, que eternizou a camisa 10 e a transformou em obra de arte. Qualquer homenagem é pequena perto da grandeza de Edson Arantes do Nascimento, o nosso eterno Rei Pelé.

O menino de Três Corações, o Dico para o seo Dondinho e para a Dona Celeste, o Bilé em homenagem ao ídolo de infância, o Gasolina quando pisou no campo da Vila Belmiro, que se transformou no maior. Os 1.116 jogos, os 1.091 gols, os 45 títulos com a camisa santista. Assim o mundo viu nascer, crescer e se tornar um atleta com números inigualáveis. Um homem que se foi, uma história que será contada por todos os tempos.

É com imensa tristeza e pesar que o Clube decretou luto oficial de sete dias e a bandeira foi hasteada à meio mastro. Nossos sentimentos à mãe dona Celeste, à esposa Márcia Aoki, filhos e netos e para todos os apaixonados pelo esporte, como nós, súditos do Rei, para sempre”.

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TRAJETÓRIA NO SANTOS FC

Pelé chegou ao Santos em 1956. Antes, protagonizava seu excelente futebol em campo de terra batida e com uma bola de meia improvisada, pois não tinha dinheiro para comprar uma adequada. Jogou em pequenos times em equipes infanto-juvenil e já chamava a atenção na época.

Foi no Santos Futebol Clube que Pelé assinou seu primeiro contrato profissional, em junho de 1956 e lá ficou pouco mais de dez anos, sendo disputado por grandes clubes europeus. No final de 1969, Pelé se aproximou de seu milésimo gol, criando grande expectativa no país. 

No início de novembro, Pelé já tinha marcado 996 gols, e as duas próximas partidas seriam clássicos contra o Corinthians e o São Paulo. O milésimo gol veio no dia 19 de novembro de 1969, em uma partida contra o Vasco da Gama, quando o atleta marcou a partir de um pênalti, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Feito o gol, Pelé correu para a bola, beijando-a. O jogador foi cercado por jornalistas e carregado por dirigentes do Santos.

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