Polícia Civil do RJ investiga irregularidades nos documentos de defesa de Adele

Polícia Civil do RJ investiga irregularidades nos documentos de defesa de Adele Lorena Bueri

A Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (15), está investigando algumas discrepâncias nos documentos apresentados pela Universal Music Publishing no caso de plágio envolvendo a cantora Adele. O compositor mineiro Toninho Geraes acusou a gravadora e cantora de copiar sua canção “Mulheres” em sua faixa “Million Years Ago”, do álbum “25” da cantora, e a investigação examina se houve supostos crimes de falsificação, alterações e fraude processual nos documentos apresentados pelos advogados de Adele.

Polícia Civil investiga supostos crimes da defesa de Adele

Nesta quarta-feira (15), foi noticiado que a Polícia Civil do estado do Rio de Janeiro está investigando umas possíveis irregularidades nos documentos que foram apresentados pela Universal Music Publishing no processo em que o compositor de Martinho da Vila, Toninho Geraes, está acusando a cantora inglesa Adele, o produtor Greg Kurstin, a gravadora XL Recordings e a distribuidora da gravadora da Universal Music de plagiarem sua música.

A alegação afirma que a música “Million Years Ago” da cantora tem semelhanças sonoras com “Mulheres”, que foi lançada em 1995 pelo cantor Martinho. O processo está em andamento há três anos e está encerrando um pedido de indenização de R$ 1 milhão.

Os advogados da cantora apresentaram documentos que estão no centro de investigação. De acordo com a equipe jurídica do compositor, as procurações contêm algumas rasuras, como misturas de idiomas e assinaturas suspeitas, que foram datadas de “São Paulo, 19 de dezembro de 2024”. 

Além disso, os advogados de Toninho comentaram no processo que os documentos foram apresentados com atraso, devido a um suposto “problema” durante a audiência inicial. Também não há provas de que Adele, Greg Kurstin ou seus representantes estiveram no Brasil para revisar os documentos, nos dados e locais que foram especificados no processo. 


Reportagem sobre o processo (Vídeo: reprodução/Youtube/TIMES BRASIL)


Documentos não foram validados no Brasil 

Outro erro levantado foi a ausência de documentos traduzidos para inglês, um requisito legal para sua validação no Brasil. A defesa também destacou que a audiência de emergência, que foi convocada pelos réus, não cumpriu sua exigência original de conversarem sobre uma proposta de um acordo, abrindo um caminho de dúvidas sobre as preocupações reais da defesa de Adele.

Suposta falsificação de assinatura

A assinatura que foi concluída pela cantora Adele foi investigada e comparada com assinaturas públicas, por exemplo, de autógrafos da cantora, e por isso alguns erros significativos foram identificados pelos advogados de Toninho. Juntando todas as discrepâncias, com inconsistências nos documentos, motivaram a polícia a abrir um inquérito para investigar supostos crimes de falsificação de documentos, falsidade ideológica, uso de documentos forjados e fraude processual.

Foto destaque: Adele no seu show (Reprodução/Instagram/@adele)

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