Rachel Sheherazade repudia ação policial no Rio de Janeiro
A jornalista diz que ação policial foi 'desastrosa', denuncia racismo e o descaso com vidas periféricas, veja!
A jornalista Rachel Sheherazade usou as redes sociais para publicar um vídeo em que critica duramente a operação policial realizada nesta última terça-feira, 28 de outubro, nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.De acordo com informações da GloboNews, a ação terminou com 64 mortos. A situação, claro, foi classificada por Rachel Sheherazade como ‘desastrosa’ e ‘sangrenta’, além de representar, segundo suas palavras, uma ‘execução sumária’ de pessoas pobres e marginalizadas.+ Memphis Depay falta mais um treino no Corinthians e motivo é reveladoAtravés de um vídeo, Rachel questiona o motivo de parte da população comemorar o resultado da operação. “A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”, afirmou. Ela destacou que os mortos não podem ser automaticamente colocados ‘na vala comum do crime’, e cobrou do Estado respeito à lei e aos direitos humanos. “Onde está escrito na lei brasileira que o Estado tem o direito de matar pessoas?”, indagou.Rachel ainda criticou o que chamou de ‘sede de violência’ de uma parcela da sociedade, que, segundo ela, acredita que ‘um favelado a mais na cova’ significa um país mais seguro. “Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns”, afirmou Sheherazade em tom de indignação.Em outro momento, Rachel ampliou o debate e apontou a diferença de tratamento entre os criminosos que vivem nas favelas e os que comandam o tráfico de luxo. “Os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios de mansões e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?”, questionou, insinuando que o combate ao crime no Brasil é seletivo e midiático.+ Ximbinha confessa que chegou no fundo do poço com a banda CalypsoNo final do vídeo, ela lamentou o papel dos próprios policiais, que, segundo ela, também são vítimas do sistema. “O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. Ele é o bucha de canhão. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, mas a culpa da chacina é de quem manda matar”, concluiu.LEIA TAMBÉM: PLANO PARA MATAR ALEXANDRE DE MORAES É EXPOSTO!A post shared by Rachel Sheherazade (@rachelsherazade)
