Ramagem deixou Brasil clandestinamente em setembro

Deputado condenado deixa o Brasil e vira alvo de investigação sobre possível fuga pela fronteira

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, saiu do Brasil em setembro, justamente no mês em que a 1ª Turma analisou o núcleo central da trama golpista. A informação acendeu um alerta nas autoridades, que agora investigam os detalhes de sua saída do território nacional, movimentando também o cenário político.+ Recuo de Trump é derrota de Eduardo Bolsonaro e vitória de Lula, diz jornalistaDe acordo com apurações, Ramagem teria embarcado para Boa Vista (RR) e, de lá, seguido de carro até a fronteira, em uma viagem clandestina rumo a outro país. A Polícia Federal apura se a rota escolhida foi pela Venezuela ou pela Guiana, já que ambos fazem divisa com o Brasil por Roraima. Além disso, há indícios de que o veículo utilizado teria sido alugado na capital roraimense. Vale lembrar que, antes de ingressar na política, Ramagem atuou como delegado da PF no mesmo estado, o que adiciona mais uma camada de complexidade ao caso.A condenação no STF fixou pena de 16 anos, 1 mês e 15 dias pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Para os ministros, o deputado teria usado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), quando era diretor na gestão Bolsonaro, para monitorar adversários e fortalecer ataques ao sistema eleitoral. O tribunal determinou ainda que ele não poderia deixar o país e deveria entregar o passaporte, medida que não teria sido cumprida.Outro ponto que chamou atenção foi um pedido feito à Câmara para habilitar uso de celular em roaming internacional a fim de participar, de forma remota, da votação do Projeto Antifacção. Entretanto, as regras da Casa proíbem o exercício do mandato a partir de fora do Brasil. A Câmara esclareceu que nenhuma missão oficial no exterior foi autorizada e afirmou que o parlamentar apresentou atestados médicos entre 9 de setembro e 12 de dezembro. Já a defesa declarou que só foi informada da saída do deputado nesta semana e, por ora, não se manifestará.+ O Exército e a prisão iminente de Bolsonaro A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) voltou a causar repercussão com suas declarações sobre o papel da mulher na sociedade. Durante um evento do PL Mulher em Londrina (PR), Michelle afirmou que as mulheres devem… LEIA MAIS!

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