Repórter de TV leva tapa no rosto por defensora pública que fez ataque racista a um entregador
O jornalista Erick Rianelli, da Globo no Rio de Janeiro, foi agredido por uma defensora pública com tapa no rosto, além de ter tido o celular jogado por ela. Cláudia Alvarim Barrozo, aposentada, foi denunciada por injúria racial contra dois entregadores.
O caso contra os jornalistas aconteceu na tarde desta quinta-feira (17) na saída do Fórum de Niterói, Região Metropolitana do RJ. Além de Rianelli, as agressões também foram contra Raoni Alves, repórter do G1.
O marido de Pedro Figueiredo teve o rosto atingido por um tapa, tendo óculos danificado e o celular arremessados por Cláudia, junto a um ferimento no nariz. Irritada, ela tentou impedir de ser filmada e agrediu os profissionais de imprensa.
Alegando ser filha de diplomata, pediu que outros jornalistas que estavam no local, não filmassem ela. Além de ofensas, se jogou no chão e derrubou uma placa na saída do Fórum. Os atos ocorreram após a audiência de instrução e julgamento do caso em que ela cometeu crime de injúria racial.
Após bate-boca, ela precisou ser contida por seu advogado e sua filha que estava junto dela. Apesar disso, a filha da defensora aposentada se envolveu em outra briga após ouvir a mãe ser chamada de racista.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro repudiou os atos contra jornalistas que envolvem Claudia e Ana, e emitiu a seguinte nota:
“Ataques a jornalistas no exercício profissional configuram uma agressão à própria democracia e não podem ser normalizados. A Defensoria também reafirma seu integral apoio e solidariedade aos entregadores vitimados por racismo, episódio que motivou a audiência desta quinta-feira, e reconhece o racismo institucional que permeia sua estruturação e funcionamento. Por este motivo, comprometeu-se com a sociedade fluminense, a partir da criação da COOPERA – Coordenação de Promoção de Equidade Racial -, uma instância de governança dedicada exclusivamente a combater a realidade do racismo institucional e semear um olhar antirracista na assistência jurídica. Sabemos que temos um longo caminho a percorrer para a transformação da cultura institucional e para consolidar práticas antirracistas no acesso à justiça, mas seguiremos firmes na defesa da igualdade e justiça racial”