Saiba quem são as influenciadoras que deram banana e macaco para crianças negras

Saiba quem são as influenciadoras que deram banana para crianças negras

É importante noticiar este caso para que todos entendam que atitudes semelhantes estão sujeitas a penas da lei. Saiba como denunciar.

Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves são influenciadoras digitais conhecidas por sua presença em redes sociais, como o TikTok e o Instagram. Elas ganharam certa notoriedade por compartilharem vídeos e conteúdos onde interagem com seu público e acumularam uma base significativa de seguidores.

No entanto, recentemente, e até dinheiro para crianças negras nas ruas. Esses vídeos geraram uma reação negativa, uma vez que muitas pessoas consideraram a ação ofensiva e discriminatória.

A advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, denunciou o caso, destacando que essa atitude configura o chamado “racismo recreativo”. Esse termo é utilizado quando alguém utiliza discriminação contra pessoas negras com o intuito de se divertir, o que é amplamente condenado.

A repercussão negativa desses vídeos levou à abertura de um inquérito pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) no Rio de Janeiro para investigar a conduta das influenciadoras. As autoridades estão analisando se houve prática de crime de racismo ou injúria racial, bem como a possível violação de leis relacionadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

É importante ressaltar que as ações das influenciadoras causaram indignação e repúdio de muitas pessoas, e o caso destaca a importância de promover uma sociedade mais inclusiva, respeitosa e livre de preconceitos.

O vídeo publicado no Twitter mostra as atitudes absurdas das tiktokers:

INQUÉRITO E DEPOIMENTOS

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abrirá nesta quarta-feira, 31 de maio, um inquérito para apurar a conduta das duas influenciadoras,  mãe e filha, que publicaram no TikTok vídeos nos quais elas aparecem entregando um macaco de pelúcia, uma banana e até dinheiro para crianças abordadas nas ruas. A informação foi divulgada pelo portal G1.

Em nota, a Polícia Civil informa que a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou procedimento. “Os vídeos serão analisados e diligências estão em andamento para identificar todos os envolvidos e apurar os fatos”, diz o comunicado.

Foi a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, quem denunciou o caso. Ela afirma que os vídeos postados evidenciam “racismo recreativo”, atitude registrada quando alguém utiliza “discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão.

O inquérito tem como objetivo apurar se Kerollen e Nancy praticaram crime de racismo ou injúria racial ou algum outro crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Os vídeos em questão são de Kerollen, que publica vídeos juntamente com sua filha, Nancy. Ambas residem no Rio de Janeiro. A dupla possui mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões de inscritos no TikTok.

Em um dos vídeos, Kerollen conversa com um menino negro em uma calçada e questiona se ele gostaria de ganhar um presente ou R$ 10. O menino opta pelo presente, mas, ao perceber que se tratava de uma banana, responde “só isso?” ele demonstra não ter gostado e segue andando.

Em outro vídeo a influenciadora aborda uma menina na rua e faz uma proposta semelhante. Desta vez ela diz a criança para escolher entre R$ 5 ou uma caixa. A criança escolhe o “presente”, abre a caixa e encontra um macaco de pelúcia. Ingênua ela fica feliz, abraça o brinquedo e agradece.

Os vídeos citados foram retirados das redes sociais das influenciadoras e as duas não atendem qualquer contato da imprensa.

HISTÓRICO DE MALDADES: ELAS JÁ HUMILHARAM MOTORISTA DE TAXI

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Reprodução Tik Tok

Não é a primeira vez que a dupla de influenciadoras Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves demonstram atitudes preconceituosas. Em 2021 elas se envolveram em uma polêmica humilhando um motorista de aplicativo.

Na época elas publicaram um  vídeo onde acusavam o motorista de ter um veículo com “cheiro podre”. Uma delas afirmou que o mau cheiro vinha do cabelo do motorista. Assim como ocorreu com os vídeos atuais, a gravação com o motorista foi tirada do ar após viralizar e render críticas.

Na época deste caso, Kérollen e Nancy publicaram um vídeo tentando explicar que tudo não passava de uma “trolagem”.

COMO DENUNCIAR

Existem vários caminhos legais e efetivos para denunciar casos de apologia ao racismo e todo o tipo de atitude ofensiva ou discriminatória.

  • Em São Paulo o site da Secretaria da Justiça e Cidadania recebem denuncias. Quem preferir pode ir pessoalmente e contatar a Ouvidoria da secretaria, localizada no endereço Páteo do Colégio, 148. A Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, localizada na Rua Antônio de Godoy, 122 – 9º andar, também recebe denuncias através do
  • O sobre crimes e violações aos direitos humanos na internet.
  • Para contatar o governo federal basta usar o Disque Direitos Humanos – Disque 100, para denúncias de racismo e discriminação.

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