Tiririca é investigado pelo Ministério Público após usar dinheiro da Câmara de forma indevida
Tiririca estaria usando dinheiro público de forma indevida
No ano de 2017, ao discursar pela primeira vez na Câmara, o deputado Tiririca falou que estava decepcionado com a política no Brasil, e com os seus colegas. Ele relatou o que havia presenciado durante os sete anos em que esteve na Câmara, e disse que estava se sentindo envergonhado.
Naquele mesmo ano ele se despediu do Congresso, porém, no ano seguinte se candidatou pelo Partido Liberal e foi eleito por São Paulo com quase meio milhão de votos. Atualmente em seu terceiro mandato em Brasília, ele agora está sendo investigado pelo Ministério Público Federal.
Acontece que no dia 18 de novembro foi instaurada uma investigação para apurar se ele utilizou “verba de gabinete para realizar viagens particulares”. Embora ele tenha sido eleito por São Paulo, está comprando passagens aéreas para o Ceará, seu estado natal.
Entre as regras da Câmara está que os recursos destinados para viagens dos políticos sejam apenas relacionados com o exercício do mandato ou com deslocamentos para a sua base eleitoral. Portanto, os bilhetes não podem ser utilizados para benefício pessoal.
De acordo com a Veja, no caso de Tiririca em específico o Ministério Público Federal está apurando num inquérito civil se os gastos do deputado e seus assessores com passagens aéreas ao longo do ano teve como finalidade cumprir com a agenda parlamentar ou se foram utilizadas com outro fim.
Em suas redes sociais, Tiririca costuma publicar fotos divulgando os seus shows realizados na sua terra natal. Somente este ano, o seu gabinete desembolsou mais de 70 mil reais em dinheiro público para se deslocar dezenas de vezes de Brasília até Fortaleza.
Ao ser procurada, a equipe de Tiririca informou que não recebeu nenhuma notificação da investigação e que todas as passagens aéreas são compradas de acordo com o regimento da Câmara. O salário dele, assim como dos demais deputados é de quase 25 mil reais, fora o auxílio moradia de 4.253 reais e despesas com transporte e refeições em Brasília, que é bancada pela Câmara.
