Unidos de Padre Miguel celebra poder feminino e resistência
A Unidos de Padre Miguel retorna ao Grupo Especial após 52 anos e abre os desfiles neste domingo 2 de março, às 22h, com o enredo “Egbé Iyá Nassô”. Trata-se de uma homenagem ao primeiro terreiro de Candomblé do Brasil, a Casa Branca do Engenho Velho. O tema celebra a força das mulheres africanas e a resistência do povo negro na preservação da fé e da identidade cultural.
A Unidos de Padre Miguel retorna ao Grupo Especial após 52 anos e abre os desfiles neste domingo 2 de março, às 22h, com o enredo “Egbé Iyá Nassô”. Trata-se de uma homenagem ao primeiro terreiro de Candomblé do Brasil, a Casa Branca do Engenho Velho. O tema celebra a força das mulheres africanas e a resistência do povo negro na preservação da fé e da identidade cultural.Comemorando os 200 anos da Casa Branca, o desfile vai destacar acima de tudo o protagonismo feminino. Ele, inclusive, se reflete tanto na história do Candomblé quanto na direção da própria agremiação.A narrativa do enredo se concentra principalmente na trajetória de Iyá Nassô, uma princesa negra escravizada. Juntamente com suas irmãs, ela enfrentou a guarda imperial para proteger seus filhos e preservar sua herança cultural.Para a escola, entretanto, o desfile é uma oportunidade de valorizar a comunidade da Vila Vintém. A comunidade da Zona Oeste do Rio é chamada de “pequena África” pelos carnavalescos, reforçando principalmente a conexão histórica e cultural com as religiões de matriz africana.Com umea preparação intensa, a Unidos de Padre Miguel promete, antes de mais nada, emocionar o público. E assim a agremiação quer mostrar que está pronta para competir de igual para igual com as grandes escolas do Carnaval carioca.Desse modo, o sentimento de conquista domina os bastidores. A Unidos de Padre Miguel busca marcar sua presença no Grupo Especial, celebrando a força, a harmonia bem como a luta cultural que definem sua trajetória.A agremiação decidiu fazer a junção de 2 inscrições. Assim sendo, o samba leva a assinatura de Thiago Vaz, W. Corrêa, Richard Valença, Diego Nicolau, Orlando Ambrósio, Renan Diniz, Miguel Dibo, Cabeça Do Ajax, Chacal do Sax, Julio Alves, Igor Federal, Caio Alves, Camila Myngal, Marquinhos, Faustino Maykon e Claudio Russo.Eiêô! Kaô kabesilê babá obá!Couraça de fogo no orô do velho Ajapáa raça do povo do Alafin, e arde em mim..Rubro ventre de OyóNa escuridão, nunca andarei sóVovó dizia: “Sangue de preto é mais forte que a travessia!”Saudade, que invade! Foi maré em tempestadeSopra a ancestralidade no mar (ê rainha)Preceito é herança sem martírioAirá guarda seus filhos no ilê da BarroquinhaÉ a semente que a fé germinou, Iyá AdetáO fruto que o axé cultivou, Iyá AkaláYiá nassô, ê babá AssikaYiá nassô, ê babá AssikaVou voltar mainha, eu vouVou voltar mainha, chore nãoQue lá na BahiaXangô fez revoluçãoOxê… a defesa da alma na palma da mãoNo clã de Obatossi, há bravura de Oxossi no meu panteãoé d’Oxum o acalanto que guarda o otáDo velho engenho, xirê que mantenho no meu caminharToca o adarrum que meu orixá respondeOlorum, guia o boi vermelho seja onde forGira saia Aiabá, traz as águas de OxaláJustiça de Agodô, tambor guerreiro firma o alujáOs melhores momentos do BBB 25 você encontra no .No egbé Vila Vintém, dagô Xangô!Amor que vai além, legado de famíliaExemplo de luta sem medoVoz feminina do guetoSamba-enredo de mãe pra filha
