Vídeo: Apresentadora do SBT em Goiânia é vítima de racismo e agredida em ônibus

Vídeo: Apresentadora do SBT em Goiânia é vítima de racismo e agredida em ônibus

Na madrugada desta quarta (28), Camila Lourenço, mais conhecida como Cacau Mila, revelou em suas redes sociais ter sido vítima de racismo e crime de ódio político dentro de um ônibus da empresa Buser. Ela, que é apresentadora da TV Serra Dourada, afiliada do SBT em Goiânia, ia de São Paulo para o Rio de Janeiro quando sofreu o ataque dentro do coletivo. As informações são do Gabriel Perline, do IG.

Segundo a publicação, Cacau embarcou no ônibus na Estação Santos-Imigrantes, na capital paulista, quando sentou em um local que já estava ocupado por uma bolsa. Com isso, Fernanda da Costa, a “dona” do assento, começou a atacar a apresentadora. A criminosa rasgou um adesivo do Lula (PT) e parte da roupa que a apresentadora usava.

“Nunca achei que esse tipo de coisa ia acontecer comigo, minha roupa está rasgada. Ela me puxou, gritou, rasgou minha roupa, começou a me xingar de ‘lulista, abortista, negra e safada’”, relatou Cacau a coluna.

Esdras De Lúcia, que também trabalha no SBT, tinha deixado a amiga no ponto de embarca e voltou ao escutar a amiga pedindo socorro: “Voltei correndo e perguntei se o motorista podia fazer algo, ele se recusou. Pedi para subir no ônibus, assim que ele autorizou fui acudir minha amiga que estava toda arranhada, levou socos e pontapés, suas coisas estavam espalhadas no corredor do ônibus e a senhora estava proferindo palavras de cunho misógino, racista e preconceituoso”, disse ele à coluna.

Mesmo assim, somente no meio do caminho, depois de uma pressão, a Buser providenciou um carro particular para a apresentadora terminar seu percurso. Um boletim de ocorrência foi aberto contra a Fernanda.

“Foi horroroso porque a gente percebe o quanto essa questão do racismo estrutural está arraigada na personalidade das pessoas. Para ela [Cacau] foi muito doloroso, porque ela foi agredida, violentada, se eu não chegasse podia ter acontecido alguma coisa pior. Tudo isso por causa de um adesivo do Lula”, disse Esdras.

Em nota, a empresa disse repudiar atos de racismo. “A Buser, maior plataforma de intermediação de viagens rodoviárias do Brasil, repudia com veemência qualquer ato de racismo e discurso de ódio. A plataforma informa que está acompanhando o fato ocorrido na noite de desta terça-feira (27/9), em uma viagem de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro, em que uma passageira alega ter sido vítima de racismo. A passageira seguiu viagem em um veículo disponibilizado pela plataforma. A Buser está acompanhando a apuração do caso pelas autoridades policiais.”

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