Xuxa Meneghel engajada: A mais nova atuante no que acredita

Basta uma olhada no Instagram de Xuxa Meneghel e perceberá as diversas publicações que mostram um lado da Rainha dos Baixinhos que antes não era tão evidenciado... Ou talvez não tinha espaço, não tinha o pontapé inicial. Mas foi na quarentena em razão do novo coronavírus que a loira se mostrou totalmente engajada pelas causas sociais.

Vegana, defender os animais é uma prioridade, tanto na internet quanto no dia a dia, usando camisetas estampadas com frases de efeito. Em entrevista para Leo Dias no YouTube, por exemplo, a sua camiseta laranja trazia os dizeres: 'Animais são amigos, não o jantar'. A luta nem sempre é verbal.

Enquanto muitos artistas nacionais e internacionais do mainstream (populares) ainda preferem a zona de conforto, Xuxa ousa, não fecha os olhos e usa de sua força nos holofotes para dar visibilidade àquilo que acha necessário.

Na política não é diferente. Em entrevista à Veja em julho deste ano, a apresentadora afirmou achar fundamental seus posicionamentos nas redes porque "se você se calar, está aceitando". Na última quarta-feira (30), um post criticando os problemas ambientais do Brasil ganhou destaque no feed dela e de quem a segue.

"Chegamos ao ponto que a Justiça precisa defender o meio ambiente do ministro do meio ambiente", dizia a foto.

Ah! Ela vai além do digital também. Recém-lançado, o livro Memórias, escrito por Xuxa, e as demais obras infantis que chegam em breve, terão os direitos autorais doados à ONG Santuários do Brasil, que cuida de animais vítimas de maus tratos, e à Aldeia Nissi, em Angola, local visitado por ela a pedido de Sasha Meneghel, sua única filha.

Nem tudo são flores

Onde há fumaça, há fogo. Quando decidiu ser mais explícita quanto ao seu ativismo (porém, ela não se considera ativista e/ou militante como explicado na conversa com a Veja), Xuxa recebeu apoio, mas também recebeu crítica. Recebeu ódio.

Ela despertou, para o seu lado, as discussões políticas acaloradas no sentido negativo. Comentários balançam o tempo todo entre apoio e descontentamento. A divergência é boa, gera debate. O que não vale é o desrespeito.

Quando compartilhou um vídeo do padre Júlio Lancelotti no qual ele pede perdão a gays que foram agredidos, a artista percebeu o alvoroço que acontece em certa situações. Internautas chegaram a discutir por conta do presidente Jair Bolsonaro no post, de repente.

"Padre Júlio Lancellotti, muito obrigada por me fazer a ter a certeza que Deus é amor", cravou ela, na legenda.

Longe de parar

Quando George Floyd foi morto por um policial nos Estados Unidos, Xuxa Meneghel se manifestou, apoiou, engajou na luta antiracista. Neste período, ações antiracistas cresceram no Brasil também e lá estava a apresentadora, participando de um movimento repudiando as ações do presidente.

No perfil dela, no Instagram, a bandeira verde e amarela com os escritos 'brasileira antifascista' segue ali exposta. "Não sou de esquerda, não sou de direita. Sou brasileira. E como você quero o melhor, quero democracia", pontuou.

A Xuxa de hoje saiu do trono, mas para uma boa causa. Ela não deixa barato, não abaixa a cabeça e nem parece ter medo de assumir suas posições.